O Programa Aqui se Brinca, uma parceria entre Instituto Sidarta e a marca OMO, desenvolveu como parte de seu escopo o projeto Brincar, destinado às educadoras de oito Centros de Educação Infantil (CEI’s) de Heliópolis. Este projeto teve como objetivo resgatar as memórias de infância das educadoras, ajudá-las a redescobrir o papel do brincar em sua infância e a compreender o quanto o brincar foi fundamental para a constituição de sua história. Quando as educadoras resgatavam suas próprias trajetórias, ficava mais fácil aceitar e entender que o brincar é importante na vida de seus alunos também.

O projeto não se restringiu apenas a equipe docente, mas acabou mobilizando toda a comunidade escolar: a equipe da limpeza, o zelador, as merendeiras, enfim, todos que estivessem na unidade escolar com as crianças. Nossa missão foi fazer com que compreendessem o quanto suas decisões frente ao que as crianças tinham ou não permissão de fazer seria determinante – aliás, um dos questionamentos era exatamente este, sobre a privação, muitas vezes decidida por falta de conhecimento.

Até onde vai o brincar? Fico imaginando o tanto que eu ainda posso aprender.”
Comentário de uma educadora após um dos encontros de formação

A metodologia de trabalho deste projeto foi muito importante para apoiar a equipe da escola. Foram encontros de formação, acompanhamento da rotina, ajuda na elaboração dos planejamentos, e acompanhamento de aulas e feedback.

O resultado foi bastante satisfatório! Conseguimos ampliar o espaço do brincar livre nos Centros Educacionais, fortalecer o entendimento da escola e da família sobre a importância do brincar para o desenvolvimento das crianças e sobre como o contato com a natureza era fundamental para garantir mais experiências para os pequenos.

Acreditar que a criança é um ser potente fez com que esta iniciativa fosse reconhecida e contemplada com o prêmio Ludicidade, concedido pelo Ministério da Cultura a entidades sem fins lucrativos pelo Brasil com o objetivo apoiar propostas socioculturais, artísticas, educacionais que assegurem os direitos das crianças e dos adolescentes.

Estimulamos crianças e educadores a encontrarem na própria comunidade recursos para o brincar. Mostramos que o importante é o simples, é o processo de criação, não o brinquedo que já chega pronto”.
Claudia Siqueira, diretora do Instituto Sidarta