O que fazemos

Núcleo de Projetos: Exposição – As 100 Linguagens da Criança

O Instituto Sidarta sempre com a intenção de compartilhar, com a sociedade e os educadores brasileiros, propostas educativas inspiradoras, juntou-se com a Red Solare Brasil e o Instituto Tomie Ohtake para trazer ao Brasil a exposição As 100 Linguagens da Criança.

O Colégio Sidarta, escola de aplicação do Instituto Sidarta, utiliza, desde sua origem, princípios reggianos alinhados aos nossos princípios filosóficos e nossa prática pedagógica, o que efetivamente reforçou nosso interesse e o compromisso que firmamos em viabilizar esta iniciativa.

A exposição foi resultado dos trabalhos desenvolvidos com as crianças que frequentam as escolas municipais de infância na região de Reggio Emilia, uma província italiana conhecida por ter as melhores iniciativas para Educação Infantil no mundo.

Estas escolas são reconhecidas por sua qualidade no atendimento e pela preservação de suas crianças, assim como pelo envolvimento de todos da cidade nesta relação educativa. Para Reggio, a escola é a cidade e a cidade é a escola, e este pressuposto pode ser evidenciado aos mais de 8.000 visitantes que a mostra brasileira recebeu.

Loris Malaguzzi, educador idealizador das escolas reggianas, acreditava que as crianças eram muito potentes. Entre as muitas produções e reflexões sobre esta abordagem, ele nos deixou este belo poema, que deu nome à exposição.

KMBT_C224e-20170310160314As cem linguagens da criança

A criança é feita de cem.
A criança tem cem mãos, cem pensamentos, cem modos de pensar, de jogar e de falar.
Cem, sempre cem modos de escutar as maravilhas de amar.
Cem alegrias para cantar e compreender.
Cem mundos para descobrir. Cem mundos para inventar.
Cem mundos para sonhar.
A criança tem cem linguagens (e depois, cem, cem, cem), mas roubaram-lhe noventa e nove.
A escola e a cultura separam-lhe a cabeça do corpo.
Dizem-lhe: de pensar sem as mãos, de fazer sem a cabeça, de escutar e de não falar,
De compreender sem alegrias, de amar e maravilhar-se só na Páscoa e no Natal.
Dizem-lhe: de descobrir o mundo que já existe e de cem, roubaram-lhe noventa e nove.
Dizem-lhe: que o jogo e o trabalho, a realidade e a fantasia, a ciência e a imaginação,
O céu e a terra, a razão e o sonho, são coisas que não estão juntas.
Dizem-lhe: que as cem não existem.
A criança diz: ao contrário, as cem existem.

Loris Malaguzzi

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