10.Jun.2016
O Sul que se achega na gente
No Colégio Sidarta, a festa junina sempre foi um momento de oportunidade de estudo e ampliação de conhecimento. Ano após ano, nos empenhamos na seleção de um tema amplo, que é foco de pesquisas dentro da sala de aula. Nossa proposta é, independente do assunto, não trabalhá-lo superficialmente, mas inserir os alunos dentro do contexto proposto, para que não sejam meros espectadores da cultura, mas que entendam a força que essa cultura tem na construção individual de identidade e se sintam co-autores disso.
Os arraiais Sidarta, como chamamos carinhosamente nossas festas, já passaram pela Chita e Xilogravura, investigaram traços da cultura de São Luiz do Paraitinga e a história dos Sons do Mundo, sempre acompanhados de grandes curadores. Por meio de uma viagem pelo Brasil, há 3 anos estamos festejando as tradições das regiões do nosso país: Nós deste Nordeste (2013), O Centro que nos une (2014), Sudeste um abraço no Brasil (2015) e agora, em 2016, a vivência estreita com o Sul.
O maior desafio não é trazer o mundo traduzido para dentro da escola, mas colocar a escola no mundo, expandir seus muros, e foi neste espírito que, em 2016, nossos alunos viajaram a Santa Catarina para entender os diferentes aspectos da região e observarem seu modo de vida. Os elementos deste estudo ajudam os alunos a sair do conteúdo formal para entender a aprendizagem de uma perspectiva mais ampla, que serviu de apoio para a construção coletiva da nossa festa.
Barracão de Criação
Muitas das ideias aproveitadas para a cenografia voltaram na mala, como as flores de palha de milho. Todos os elementos visuais foram produzidos no Barracão de Criação, que inspirado no barracão de escola de samba, recebe os alunos e também famílias voluntárias, para a montagem dos detalhes de todo o evento durante cerca de um mês de oficinas, prática regular nas festas do Colégio Sidarta.
Neste ano, as casinhas alemãs, a cortina de aromas do sul, a sombra dos tropeiros em cavalgada ao pôr do sol, as palhas e as vinhas, as fitas bailando no clima do vento Minuano– itens idealizados pela coordenadora de artes e curadora artística da festa, Priscila Okino, em parceria com os alunos do 9º ano do Ensino Fundamental II e 1º e 2º ano do Ensino Médio.
O Caminho dos Tropeiros
Nossa viagem é a mesma das tropas: cada trilha vivida no Caminho Real do Viamão, Caminho das Missões e no Caminho Novo da Vacaria será acalantada nos poemas declamados pelo Cortejo dos Trovadores, o grupo de teatro do Colégio dirigido por Denise Schynder, professora de dramaturgia, dando voz a Euclides da Cunha, Mário Quintana e Érico Veríssimo, estudados pelos alunos nas disciplinas de Português e Produção Textual. Até mesmo as opções gastronômicas nos transportam para a parte fria do Brasil, com especialidades alemãs, como Eisbein e Salsichão Alemão, e o churrasco gaúcho, preparado no Fogo de Chão.
Uma festa da diversidade
As danças e os figurinos representam a rica cultura trazida também pela forte presença de imigrantes no Sul do país. O grupo Invernada Vento Minuano, do Centro de Tradições Gaúchas União e Tradição, da cidade de Embu, fará uma apresentação de coreografias tradicionais, valorizando a tradição de um Estado em outro,além das danças ensaiadas pelos alunos. Vanerinha e Vanerão, a dança do Pezinho e o Boi de Mamão, o Xote Carreirinho, Maçanico, Balainha, Chimarrita e a Dança do Vilão, sem nos esquecer da alegria das tarantelas italianas animando a quadrilha numa mistura de culturas enriquecedora e que, se abrilhanta ainda mais, na presença das crianças do Lar Escola AACD, uma parceria do Sidarta com a entidade, que este ano em união com nossos alunos irão garantir um dos momentos mais lindos do evento, premiando nossa celebração da diversidade.
Construída assim e fortalecida pela parceria Escola-Família-Sociedade nossa festa se torna mais rica- uma premissa em nosso projeto de educação. Nossos jovens são expostos e imersos em uma cultura diferente, o que o torna mais generoso e aberto ao mundo e a novas experiências, que são sua fonte principal de aprendizagem.
O Arraial do Sidarta colabora com iniciativas e projetos sociais. Este ano, a proposta é ainda mais especial. Todo o lucro da festa será destinado a apoiar o Andoriar, projeto de volunturismo do Colégio Sidarta que, em 2016 atende as crianças de Regência Augusta, um vilarejo de pescadores em Linhares - município do Espírito Santo, afetados pelo deslizamento da barragem da Samarco.
O Sidarta acredita que, assim como o movimento das andorinhas, podemos fazer uma revoada se voarmos juntos, levando coisas boas para outras comunidades.
O Sul que se achega na gente é isso, um conjunto de acolhimento desta terra, fria no clima, mas tão aquecida no tempo.
Sejam bem-vindos, todos!
Vamos nos achegar em volta da sapecada do pinhão, da fogueira e dos amores desse nosso chão.
Sejam bem-vindos!
A Jornada EAD do Colégio Sidarta
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