31.Mai.2016
Partindo da premissa de que qualquer aluno pode aprender e que o papel do professor é garantir que isso aconteça, o Instituto Sidarta, referência em educação no país, desenvolveu um programa para a formação continuada de docentes com foco no ensino de matemática. O programa tem como público os professores do Colégio Sidarta, a Escola de Aplicação do Instituto Sidarta, mas está aberto para educadores, coordenadores, supervisores de ensino e estudantes de educação ou matemática. A grade inclui encontros presenciais, observações em sala de aula, reuniões de planejamento, acompanhamento e feedback.
Desenvolvida para favorecer a aprendizagem de todos os alunos, a metodologia do Ensino para Equidade (EpE) quebra paradigmas ao trabalhar a heterogeneidade das turmas como um fator positivo para este fim. Baseada em mais de 20 anos de pesquisa na área de educação e de sociologia da Universidade de Stanford, a Complex Instruction (nome original em inglês) já provou que, quando as atividades propostas pelos professores permitem o trabalho em grupo, a elaboração de hipóteses, a coleta de informações e a argumentação a respeito do processo, o nível de engajamento e aprendizado dos alunos aumenta.
“A interação em grupo tem um efeito especialmente favorável na compreensão da matemática”, explica Mila Molina, coordenadora do programa. “Chegando aos resultados por meio desta dinâmica, o aluno vai aprendendo a ‘falar matematicamente’, uma habilidade importante e que não está na agenda de muitas escolas em nosso país”.
Por onde começar?
O Instituto Sidarta definiu a disciplina de matemática como foco inicial de trabalho pois, do ponto de vista da equidade, as ciências exatas representam uma área crítica do conhecimento. Segundo pesquisas do Todos Pela Educação, a cada 20 crianças que entram na escola, apenas uma delas termina os estudos com nível de aprendizagem adequado na área.
Embora o Brasil tenha reduzido o número de alunos sem conhecimentos básicos em matemática no PISA, avaliação da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o país continua mal avaliado, ocupando a 60ª posição entre 76 nações.
A análise dos resultados desta prova aponta que apenas um em cada 100 estudantes brasileiros atingem o nível de maior desempenho em matemática, e a diferença de 18 pontos entre as notas de meninos e meninas se mantém estável desde 2003.
Próximos passos
O programa de implementação da metodologia do EpE no ensino da matemática é foco dos próximos cinco anos de trabalho do Instituto Sidarta. Esta iniciativa tem mentoria da professora Rachel Lotan, ex-diretora do Programa de Formação de Professores de Stanford (STEP), que é responsável pela implantação, sistematização e supervisão geral do projeto.
A expectativa é de que, ainda neste primeiro ano de implantação seja constituída uma residência pedagógica que extrapole os muros da escola de aplicação e receba educadores de todo o país para a formação nesta metodologia.
Para mais informações sobre funcionamento e participação é necessário entrar em contato com Mila Molina, diretamente no Instituto Sidarta.
Serviço:
Curso de Formação Docente em Matemática por meio do Ensino para Equidade
Local: Instituto Sidarta – Estrada Fernando Nobre, 1332 – Cotia, SP
Datas: 23, 24 e 25 de junho; 27, 28 e 29 de outubro, (agosto e setembro à distância);
Valor: R$ 2.100,00
Para mais informações sobre a ementa do curso e inscrições, mande e-mail para:mmolina@sidarta.org.br. (vagas limitadas)
A Jornada EAD do Colégio Sidarta
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